sábado, 25 de dezembro de 2010

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Shhh

Shhhhh o Blog está dormindo...

Desde Agosto que este blog está a ganhar pó.
Em parte porque não tenho tido tempo nenhum e quando tenho ocupo-o com outras coisas, em parte porque não tenho tido tempo e quando tenho não tenho o computador comigo, em parte porque não tenho tido tempo e quando tenho, não tenho nada de interessante para partilhar, em parte porque não tenho tido tempo e quando tenho,"escrevo amanhã".

Hoje também pensei que não tinha nada de interessante para contar ... o que não deixa de ser verdade. (aparte) A minha vida ultimamente tem-se resumido a semanas de trabalho intensivo, fins-de-semana com a Ana, e mais uma semana de trabalho intensivo. Graças a Deus (e ao meu emprego) que não tenho de trabalhar ao fim de semana, senão as coisas seriam um quanto diferentes.

... (depois do aparte) mas depois lembrei-me de partilhar convosco uma experiência um quanto interessante que tive ao ler "O Estrangeiro" de Albert Camus.

Não conhecia o livro (nem o autor). Este livro foi-nos oferecido por uma tia que é uma devoradora de livros!!!

Então, numa outra noite  de insónias decidi pegar naquele livro e ler umas quantas páginas. Não demorei 24h para chegar ao fim.

É um livro simples, leve, com uma história fluente e que decorre sem grandes confusões. Enfim um livro para os "mandriões", que não gostam de escrita complicada.
Contudo, devo dizer, é um livro profundo e que nos faz pensar (ou pelo menos a mim fez) sobre o significado da vida e dos nossos actos e em como uma série de acontecimentos isolados e aparentemente sem qualquer "maldade" nos  podem conduzir a um desfecho completamente inesperado.

Enquanto lia o livro pensava cá com os meus botões:
"Uma escrita bastante simples, para um Nobel"

Mas com o decorrer da história percebi que a simplicidade da escrita tinha a sua razão:
Não mascarar as suas ideias com floreados e deixar transparecer exactamente o que se quer.
A mensagem acima da beleza. (Sem, contudo escrever "feio"- afinal de contas era um Nobel!)

Achei genial.
Gostei do livro por isso, gostei do livro pela forma como expõe o assunto e também gostei do livro pelo fim que nos faz pensar em como as coisas  mais simples podem ser mal-interpretadas quando fora de contexto, mas também sobre nós! e não apenas sobre o seu personagem/enredo.